210 - CAP. 28 - COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS 3 - PRECES GERAIS - ORAÇÃO DOMINICAL
VI. Não nos abandoneis à tentação, mas livrai-nos do mal.
Dai-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos maus Espíritos que tentarem nos desviar do caminho do bem, em nos inspirando maus pensamentos.
Mas somos, nós mesmos, Espíritos imperfeitos, encarnados sobre esta Terra para expiar e nos melhorarmos. A causa primeira do mal está em nós, e os maus Espíritos não fazem senão aproveitar nossas tendências viciosas, nas quais nos mantêm, para nos tentar.
Cada imperfeição é uma porta aberta à sua influência, ao passo que nada podem, e renunciam a toda tentativa, contra os seres perfeitos. Tudo o que poderíamos fazer para os afastar é inútil se não lhes opusermos uma vontade inabalável no bem, e uma renúncia absoluta ao mal. É, pois, contra nós mesmos que é preciso dirigir os nossos esforços, e então os maus Espíritos se afastarão naturalmente, porque é o mal que os atrai, enquanto que o bem os repele. (Ver adiante, Preces pelos obsidiados).
Senhor, sustentai-nos em nossa fraqueza; inspirai-nos, pela voz dos nossos anjos guardiães e dos Bons Espíritos, a vontade de nos corrigir em nossas imperfeições, a fim de fechar, aos Espíritos impuros, o acesso à nossa alma. (Ver adiante nº 11).
O mal não é vossa obra, Senhor, porque a fonte de todo bem não pode nada engendrar de mau; nós mesmos o criamos, infringindo as vossas leis, e pelo mau uso que fazemos da liberdade que nos concedestes. Quando os homens observarem vossas leis, o mal desaparecerá da Terra, como já desapareceu dos mundos mais avançados.
O mal não é uma necessidade fatal para ninguém, e não parece irresistível senão àqueles que a ele se abandonam com satisfação. Se temos a vontade de fazê-lo, podemos ter também a de fazer o bem; por isso, ó meu Deus, pedimos a vossa assistência e a dos bons Espíritos para resistirmos à tentação.
VII. Assim seja.
Praza a vós, Senhor, que os nossos desejos se cumpram! Mas nos inclinamos diante da vossa sabedoria infinita. Sobre todas as coisas que não nos é dado compreender, que seja feito segundo a vossa santa vontade,e não segundo a nossa, porque não quereis senão o nosso bem, e sabeis melhor do que nós o que nos é útil.
Nós vos dirigimos esta prece, meu Deus, por nós mesmos; nós vo- la dirigimos também por todas as almas sofredoras, encarnadas ou desencarnadas, por nossos amigos e nossos inimigos, por todos aqueles que reclamam a nossa assistência, e em particular por N...
Pedimos para todos a vossa misericórdia e a vossa bênção.
Nota: Pode-se formular aqui o que se agradece a Deus, e o que se pede para si mesmo ou para outrem. (Ver adiante, as preces nºs 26 e 27).