CAP.4, ITEM 24 - NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
Estudo para o dia 10 de setembro de 2016
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
LIMITES DA ENCARNAÇÃO
24. Quais são os limites da encarnação?
A encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados, se se entende por isso o envoltório que constitui o corpo do Espírito, já que a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais avançados que a Terra, ele já é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito às vicissitudes; num grau mais elevado é diáfano e quase fluídico; de grau em grau ele se desmaterializa e acaba por se confundir com o perispírito. Segundo o mundo a que o Espírito é chamado a viver, este toma o envoltório apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito suporta transformações sucessivas; ele se eteriza, cada vez mais até a depuração completa, que constitui os Espíritos puros. Se mundos especiais são destinados, como estações, aos Espíritos mais avançados, estes não estão ligados ali como nos mundos inferiores; o estado de desligamento em que se encontram lhes permite se transportarem por toda parte em que os chamam as missões que lhes são confiadas.
Se se considera a encarnação sob o ponto de vista material, como ocorre sobre a Terra, pode-se dizer que ela é limitada aos mundos inferiores; depende do Espírito, por conseguinte, dela se livrar, mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua depuração.
Deve-se considerar também que, no estado errante, quer dizer, nos intervalos das existências corporais, a situação do Espírito está em relação com a natureza do mundo ao qual se liga pelo seu grau de adiantamento; que, assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido segundo seja mais ou menos desmaterializado. (SÃO LUÍS, Paris, 1859).